Ibirité,
20 de junho de 2013
Para:
Gerência de Recursos Humanos
Diretoria de Planejamento Gestão e
Finanças
Cc.:
Presidência
Diretoria de Ensino
Assunto:
Carreira docente e organização do ensino superior da FHA
Prezados Srs.,
O
corpo de professores do ensino superior desta instituição deseja ter alguns
esclarecimentos relativos à nossa carreira docente. Explicitamos que somos
solidários a todos os técnicos-administrativos da nossa Fundação. Entendemos
que estamos todos vivendo este período de transição e aprendendo sobre esta
nova realidade, porém, necessitamos executar nossas tarefas profissionais de
maneira plena o mais rápido possível. Para isso, acreditamos serem fundamentais
a valorização dos docentes e as garantias das suas reais condições de trabalho.
Considerando
que a Fundação Helena Antipoff, em suas atribuições referentes ao ensino
superior, tem a missão de promover também a pesquisa e extensão, como
explicitado no seu estatuto, especialmente os itens II a IV:
II - manter cursos de ensino superior para a formação de docentes, de
modo a atender aos objetivos das diferentes etapas e modalidades da educação
básica;
III - promover pesquisas e
atividades de extensão, visando ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia,
bem como à criação e à difusão dos conhecimentos gerados na Fundação;
IV - promover atividades
comunitárias extracurriculares e de apoio psicopedagógico para a comunidade e
seus educandos;
Considerando
que as principais agências de fomento à pesquisa e extensão exigem regimes de
40h ou dedicação exclusiva dos docentes para liberação de verbas para execução
de projetos;
Considerando
que o Artigo 9˚ da Lei 15.463/05 indica a
possibilidade de extensão da carga horária dos docentes tendo em vista a
necessidade do cumprimento de suas tarefas acadêmicas;
Considerando que atualmente os docentes da Fundação dedicam
60% de sua carga horária para a atuação em sala de aula, sendo o restante
destinado ao planejamento das atividades acadêmica, o que inviabiliza a
realização de pesquisa e extensão;
Considerando que neste contexto a demanda de orientação para
trabalhos de conclusão de curso está sendo suprida de forma muito precária;
Considerando que a maioria dos docentes da FHA possui
titulação acima da exigida para o cargo que ocupam e que o Artigo 24 da Lei 15.463/05
regulamenta a possibilidade de promoção por escolaridade adicional nestes casos
como indicado abaixo:
Art. 24 – Haverá progressão ou promoção por escolaridade adicional,
nos termos de decreto, após aprovação da Câmara de Coordenação-Geral,
Planejamento, Gestão e Finanças, aplicando-se fator de redução ou supressão do
interstício necessário, bem como do quantitativo de avaliações periódicas de
desempenho individual satisfatórias para fins de progressão ou promoção, na hipótese
de formação superior àquela exigida para o nível em que o servidor estiver
posicionado, relacionada com a natureza e a complexidade da respectiva carreira
Considerando
que os professores da UEMG - os quais compartilham conosco a mesma carreira
regulamentada pela Lei 15.463/05 - já
gozam do reconhecimento de suas titulações de forma automática, sem a
necessidade e aguardar o estágio probatório ou mesmo as avaliações necessárias;
Considerando
que a titulação dos docentes é um critério chave no processo de avaliação dos
cursos conduzido pelo Conselho Estadual de Educação;
Considerando
que as condições de trabalho e salariais dos docentes é elemento básico para o
cumprimento satisfatório das atividades de ensino, pesquisa e extensão;
Finalmente,
tendo em vista a conjuntura acima descrita, solicitamos:
1.
Esclarecimento sobre a plena adoção pela FHA da Lei 15.463/05, a qual rege nossa carreira de docentes;
2. Aplicação do Artigo
9˚ A da Lei 15.463/05 e conseqüente ampliação da carga horária em 50% para os
professores que assim o desejarem;
3. Negociação junto a SEPLAG para imediata ampliação
horizontal de todos os cargos de 20h para 40 horas, a partir da anuência do
docente;
4. Transparência nos processos
de contratação de professores designados e que essas demandas sejam
identificadas pelos cursos e sustentadas academicamente.
Além disso, tendo em vista
outras demandas apresentadas em Assembléia dos Professores, solicitamos:
- esclarecimentos sobre o
andamento da Avaliação Especial a que todos os professores recém nomeados estão
submetidos, de acordo com a lei que rege nossa carreira;
- revisão da mudança de
nível da carreira ocorrida após retificação da nomeação publicada no Diário
Oficial, uma vez que a retificação número 3 do Edital do concurso ocorreu após
a realização de todas as etapas;
- negociação, com os
professores, da data de início do recesso acadêmico.
Entendemos que somente a
partir da valorização dos docentes e de uma gestão democrática poderemos
construir uma instituição de referência no Ensino Superior, como é o desejo de
todos.
Por fim, gostaríamos, o mais
breve possível, que fosse agendada uma reunião entre os setores administrativos
supracitados com uma comissão de professores para discutir as pautas acima
listadas.
Atenciosamente,
Professores do Ensino Superior da Fundação Helena Antipoff
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