segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Assembléia adiada



Prezados Professores e professoras,

Tendo em vista que os trabalhos da comissão de progressão de 20h para 40h ainda não finalizou seus trabalhos e que os últimos detalhes para o registro em Minas Gerais da nossa seção sindical ainda não aconteceram, a diretoria executiva da ADUEMG decidiu adiar por 15 dias sua realização.

Aproveitamos para indicar o dia 11 de novembro de 2014 como data para a próxima Assembléia, de acordo com os encaminhamento do nosso último encontro. Em breve enviaremos a convocatória.

Pedimos desculpas pelo transtorno.


Se mais no momento, deixamos nossas sinceras saudações sindicais e universitárias!


Diretoria Executiva ADUEMG

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Somos professoras e professores, não somos criminosos!


Os ventos frios da ditadura, o fim das liberdades individuais e o autoritarismo estão soprando de forma cada vez mais forte e com mais frequência nestes últimos tempos. Temos que estar sempre atentos aos pequenos sinais, as manifestações aparentemente desimportantes, pois ali pode estar o germe do fascismo e da plutocracia mais nefasta...

A exemplo da UFMG e de outras Universidades pelo Brasil, a UEMG – Unidade Ibirité, a pedido de muitos estudantes, professores e técnicos administrativos, organizou nesta manhã de quinta-feira, uma roda de conversa sobre política e eleições no saguão do prédio principal, pois o auditório nos foi negado. O evento teve um caráter suprapartidário, onde o foco não eram especificamente as candidaturas, mas sim o processo como um todo.

Inicialmente, o prof. Antônio realizou uma fala esclarecedora a respeito do caráter democrático do bate papo, convidando a todos e todas para se expressarem, independente da corrente de pensamento que comungassem. Ele ainda realizou um breve histórico dos movimentos sociais, das definições de neo liberalismo, do consenso de Washington, Golpe de 64, entre outros assuntos históricos. Após a sua fala, outros professores, professoras e estudantes foram se inscrevendo e falando, cada um ao seu modo, mas todos incumbidos da tarefa problematizar questões gerais.

Desta forma, o bate papo se desenvolvia de forma tranquila e serena. Em um dado momento,  sr. Carlyle dos Passos Laia, da Diretoria de Planejamento Gestão e Finanças da Fundação Helena Antipoff, passa pelo meio da nossa roda e chama o prof. Emmanuel Almada para uma conversa em particular. Eles se afastam e eu os perco de vista. Poucos instantes depois, nos chega a notícia que o professore e o sr. Carlyle estavam em uma sala reservada, com dois policiais! Ou seja, este senhor chamou a polícia para lavrar um boletim de ocorrência, alegando que todos os presentes ao evento estavam cometendo uma ação ilegal! O que se seguiu a isto foi o fim da saudável conversa, e a aglomeração e uma série de manifestações, principalmente de estudantes, em frente à sala onde estava ocorrendo a sabatina.

Em conjunto, eu e o prof. Emmanuel decidimos que não iríamos assinar, nem contribuir para aquele boletim de ocorrência, pois nossa ação era de caráter acadêmico, e não político partidária. Portanto, não reconhecemos nenhum delito ou ilegalidade nesse sentido.

Passado este triste momento, gostaria de expressar minha indignação sobre o fato ocorrido. Até quando vão continuar criminalizando reuniões pacíficas de pessoas de bem? Se a Academia não pode ser o local do livre pensar, qual espaço será? Somos professores e professoras da Universidade do Estado de Minas Gerais. Merecemos mais respeito! Com que direito este sr. Carlyle nos coloca na vala comum da criminalidade e convoca a força policial para interpelar nossa roda de conversa? Fica-nos o gosto amargo de estarmos em um local emprestado, e com forças políticas estranhas a Universidade.

Um exemplo disso foi um dos debates com o sr. Carlyle, na sala com os dois policiais, quando eu afirmei que o que ocorria era um evento acadêmico. Por sua vez, ele encheu o peito para dizer que todo aquele espaço era da Fundação Helena Antipoff, não da UEMG! E que nós tínhamos que pedir a ele para fazer qualquer coisa! Tive inclusive que explicar aos educados policiais que aquele senhor não estava em canto algum da minha hierarquia institucional. Lamentável e vergonhoso...
Por fim, como professor e presidente da Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Minas Gerais, gostaria muito que a Reitoria estabelecesse urgentemente a definição institucional referente ao espaço da Universidade. Tenho certeza que este é o desejo da imensa maioria dos docentes da Unidade.

Destarte, não penso ser precipitado exigir que o protagonista dessa ação ditatorial – prof. Carlyle, pessoa sem nenhuma sensibilidade com o meio acadêmico, seja imediatamente retirado de qualquer relação com a UEMG. Tornou-se, por este e outros motivos, insuportável sua presença em nossa Unidade.

Para formalizarmos isso, estaremos construindo um abaixo assinado exigindo o imediato afastamento deste senhor. Polícia se chama para criminoso, não para professores e professoras!

Deixo aqui minhas sinceras esperanças na construção de conhecimento com profundas marcas democráticas e Universitárias.



Atenciosamente, Prof. Roberto Kanitz


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

FELIZ DIA DOS PROFESSORES E PROFESSORAS

Que nossas reclamações e demandas sejam transformadas em luta e mobilização!!! Somos aqueles que também ensinam, com o exemplo, a exercer a cidadania. Vamos juntos!!!

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Vitoria da Democracia

Em reunião do colegiado dos cursos, a Profª Romilda, atual diretora pro tempore da Unidade Ibirité, sabiamente tomou a decisão de encaminhar a esta instância colegiada tudo que for prerrogativa deliberativa da direção.

Ou seja, mesmo a despeito da informação a respeito da natureza consultiva do Colegiado pela reitoria da nossa Universidade, a diretora mostrou-se sensível aos princípios democráticos expressos na LDB, como podemos observar abaixo:

Segundo a LDB:

Art. 56. As instituições públicas de educação superior obedecerão ao princípio da gestão democrática, assegurada a existência de órgãos colegiados deliberativos, de que participarão os segmentos da comunidade institucional, local e regional.
Parágrafo único. Em qualquer caso, os docentes ocuparão setenta por cento dos assentos em cada órgão colegiado e comissão, inclusive nos que tratarem da elaboração e modificações estatutárias e regimentais, bem como da escolha de dirigentes.


Na mesma reunião, foi declarado que a designação publicada no Diário Oficial de Minas Gerais no dia 02 de outubro de 2014, também no nome da atual diretora foi uma iniciativa unilateral da Reitoria da nossa Universidade, em virtude da sua atribuição como gestora máxima da nossa Unidade.

Indicamos que a ADUEMG não concorda com estes métodos utilizados pela Reitoria [designações], pois entendemos que existem outras formas mais legítimas de encaminhar estas questões. E ainda, somos frontalmente contra a forma abusiva que o Estado de Minas Gerais utiliza o processo de designação, pois entendemos que ele precariza severamente o trabalho do docente.

Afirmamos nosso compromisso ético e continuamos firme na luta de pautar sempre o debate na direção de uma Universidade Pública, DEMOCRÁTICA e de qualidade.

Em breve, encaminharemos esta questão, com o embasamento legal necessário, ao Conselho Universitário. Caso a decisão nesta instância não for adequada com o nosso entendimento da LDB e do Estatuto e Regimento da nossa Universidade, levaremos a questão as instâncias legais cabíveis.


Sinceras saudações Sindicais e Universitárias.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Carta a Direção da UEMG - Unidade Ibirité e Reitoria

Para: Direção da UEMG - Unidade Ibirité
Prof. Romilda Oliveira Alves

Cc.: Magnífico Reitor da Universidade do Estado de Minas Gerais
Prof. Dijon Moraes



Em reunião do Colegiado dos cursos da Unidade Ibirité realizada nesta quarta-feira, dia 30/09/14, foi informado pela Diretora Romilda Oliveira Alves, a nomeação da professora Léa Nicácio como vice-diretora pró-tempore. Segundo a diretora, tal encaminhamento está referendado pelo Conselho Universitário – CONUN.

Diante deste fato, e de toda a articulação realizada pelo corpo docente desde 2013, visando a ampliação de processos democráticos na unidade, gostaríamos de esclarecimentos sobre esta decisão, tomada de forma unilateral, pela direção da unidade:

Por que o corpo docente da unidade não foi consultado para uma decisão tão importante, ferindo a democracia universitária?

Visto que a vice-diretora indicada possui designação prevista até 31 de dezembro do ano corrente, como será viabilizada sua permanência como pró-tempore? E porque indicar a uma instância superior quem não encontrou sequer respaldo democrático na sua comunidade de origem – o curso de Biologia?

Dado que o Colegiado é um órgão deliberativo superior à direção da unidade, como se justifica que o mesmo não tenha sido sequer consultado de tal decisão?

Diante da luta por mudança de regime de trabalho do corpo efetivo, como se explica que nenhum docente tenha sido consultado sobre o interesse em assumir tal função?

Lembramos que, recentemente, suspendemos uma greve cuja pauta incluía a luta por democracia e autonomia Universitária. Neste sentido, como se explica a adoção de uma postura consideravelmente autocrática pela Direção da Unidade?

Por fim, solicitamos que esta mensagem seja encaminhada ao CONUN, órgão pelo qual também solicitamos esclarecimentos.


Renovamos nossos cordiais votos Universitários, Sindicais e Democráticos.