domingo, 15 de novembro de 2015

O P I N I Ã O

Carxs Professorxs!

Fico muito feliz com a animada intervenção de vocês. É muito bom tê-los na luta conosco! Como professor, gostaria de ponderar algumas afirmativas que considero equívocos de informação. Tenho como objetivo também que nós possamos qualificar, juntos, nossa intervenção na Assembléia amanhã. Esclareço que este texto não é a posição da direção executiva da ADUEMG. Ele é pessoal, e portanto, está assinado.

A diferença entre a titulação e a titulação continuará. Ela não foi resolvida com o ofício referido. Portanto, continua sendo ponto de pauta de reivindicações nossa. Inclusive, como já indicado pelo professor Matheus, que for contemplado pela progressão nesse momento irá ganhar menos!

Não foi oferecida uma proposta de progressão para 19 professores. Foi determinado que os professores que são 20h e possuem uma designação para atuarem na pesquisa/extensão ou em cargos de gestão, irão progredir, nesse momento, para 40h. O ofício foi feito pelo Secretario de Planejamento e Gestão diretamente ao Reitor da UEMG. Este já encaminhou a questão ao Pro reitor de Planejamento e Gestão da UEMG e Srª Regina do RH. A direção executiva da ADUEMG não ajudou a aprovar, nem sequer participou dessas decisões. Foi apenas comunicada. Nesse sentido, vale pontuar algumas coisas:

Se a progressão já foi determinada, seria o caso dos professores beneficiados negarem a progressão. Dizerem ao reitor que não desejam ir para o regime de 40h, com o risco de nem terem direito as designações no ano de 2016, principalmente aqueles que possuem as designações ligadas a pesquisa/extensão.

Obviamente esse movimento da SEPLAG/UEMG é rápido em resposta a toda nossa movimentação política. Perceberam que nós estamos fortes e unidos, e dessa forma, tentaram atender parcialmente uma das nossas reivindicações, para tentar acalmar os ânimos. A estratégia de tentar dividir a categoria concedendo alguns benefícios a alguns e não a todos é antigo. A pergunta é se deixaremos isso nos dividir...

2.3 - É sabido por todos e todas o caos financeiro que os 12 anos de governo tucano promoveram em Minas. Nesse momento, nenhuma reivindicação que aumente o gasto do Estado será atendida. Não temos notícia de nenhuma entidade sindical que tenha conseguido aumento/reajuste, pelo contrário! A promessa feita a alguns grupos já está sendo renegociada.

Em vista desse cenário, entendo que conseguimos o que foi possível. A progressão para esses 19 professores não significa, em hipótese nenhuma, abrir mão das nossas lutas, que são muitas e maiores que isto. Inclusive porque se efetivando essa progressão para esse grupo, nesse momento, abre mais ainda as portas para que todos e todas consigam no futuro. Quem nos acompanha a algum tempo sabe que fomos nós que ensinamos a UEMG e SEPLAG como realizar essa tarefa, antes nunca feita na nossa Universidade.

Destarte, pensando na nossa luta por uma Universidade mais democrática e com melhores condições de trabalho, acho que é momento de comemorarmos sim! Não a nossa vitória plena, a vitória na guerra. Mas a vitória de uma batalha. E uma guerra se vence em uma batalha após a outra...

Espero poder ter contribuído para o debate. Nos encontramos na segunda para decidirmos coletivamente quais as melhores estratégias de luta. Espero mesmo uma assembléia cheia, participativa, diferente dos últimos encontros. Segue abaixo a nossa pauta de reivindicações, para refrescarmos nossa memória.



Sinceras saudações sindicais e universitárias.


Prof. Roberto Kanitz 

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PAUTA UNIFICADA DAS UNIVERSIDADES ESTADUAIS MINEIRAS
(FÓRUM DAS MINEIRAS)

1.       Reajuste imediato dos vencimentos, para reparar as perdas ocorridas desde 2011;

2.       Realização de concursos públicos em fluxo contínuo, garantindo ainda a manutenção da vaga na instituição de origem;

3.       Garantia dos direitos dos professores atingidos pela ADIN 4876, respeitando a decisão do STF quanto ao período de modulação, e medidas de reparação de danos materiais e morais aos professores atingidos pela Lei 100;

4.       Dotação orçamentária baseada na Receita Corrente Líquida do Estado, garantindo a autonomia universitária;

5.       Implementar Estatuíntes nas IEES;

6.       Revisão da Lei 15.463/2005 (carreira)

·         Imediato reconhecimento da titulação e recolocação ao nível correspondente, independente do período de estágio probatório;
·         Progressão do regime de 20h para 40h sob parecer favorável do departamento onde o docente esteja lotado e aprovação da Unidade Acadêmica;
·         DE como carreira preferencial do docente;
·         Gratificação pelo exercício de cargos de chefia e coordenação

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