Em Assembleia datada em
16/08/16, os docentes da UEMG decidiram pela interrupção do movimento de greve,
após 106 dias, aceitando o acordo administrativo do Governo do Estado de Minas
Gerais. Embora o movimento das Estaduais, UEMG e Unimontes, tenha sido pautado
em conjunto por suas representatividades sindicais e comandos de greve, o Estado
insistiu em tratar suas pautas de forma diferenciada, numa tentativa de divisão
e fragilização da categoria.
As especificidades de cada
uma das Universidades, aliada a transição da “queda da Lei 100” dificultaram a
mobilização para a greve e/ou sua manutenção na UEMG. A UEMG tem hoje apenas 8%
de professores efetivos, sendo o restante contratado por processos de
designação. Ainda, a UEMG possui 18 Unidades espalhadas por toda Minas Gerais,
havendo unidades inteiras sem nenhum professor efetivo. Mesmo diante dessas
características, consideramos que nosso movimento foi grandioso e vitorioso. Um
dos maiores ganhos de nossa greve foi a implementação da discussão sobre o
Ensino Superior em Minas Gerais, o que há anos não era pautado nos planos do
Governo.
A judicialização da greve da
Unimontes, aliada à negativa do Estado em seguir os mesmos procedimentos para o
movimento da UEMG, resultou em um esgotamento das negociações no âmbito
administrativo. No cenário nacional, a tramitação dos projetos PLP 257 e PEC
241 forçam os representantes da categoria à negociação diante da precarização
dos direitos sociais e do funcionalismo público.
Embora interrompida nossa
greve, destacamos que a luta é constante e assim como os companheiros e
companheiras da Unimontes, desejamos uma Universidade de qualidade, pública,
democrática e socialmente referenciada. Assim, indicamos que continuamos a
fazer parte do movimento e que manifestamos nosso apoio à manutenção da greve
na Unimontes e somos solidários à questão judicial.
Saudações,
Comando de Greve UEMG
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