POR UM ENSINO SUPERIOR PÚBLICO DE QUALIDADE, DEMOCRÁTICO E AUTÔNOMO JÁ!
Ao corpo docente e discente, aos técnicos-administrativos e toda
comunidade do ISEAT/FHA!
Desde o início de
2013 temos vivenciado episódios recorrentes de desrespeito ao processo
educativo e em especial do corpo docente do ensino superior da Fundação Helena
Antipoff. Reiteradamente a direção e órgãos gestores da instituição tem
assumido uma postura que não privilegia o diálogo e a transparência,
características essenciais para um processo educativo democrático e libertador,
para lembrarmos do grande mestre Paulo Freire. Ora, é uma grande contradição
uma instituição de formação de docentes apresentar uma postura tão
anti-democrática, além do fato de não zelar pelas condições de trabalho dos
professores e professoras.
Tendo em vista o
esclarecimento do contexto que culminou na manifestação de hoje, segue um breve
relato da história recente dos docente na FHA:
1. No início do
primeiro semestre de 2013, a maioria dos
professores concursados foram empossados no Nível II da carreira, de acordo com
a última versão do edital retificada, publicada antes da realização do
concurso, em setembro de 2012. Em junho, para surpresa de todos, esses
professores foram rebaixados para o Nível I, com conseqüente perdas salariais,
tendo como base legal uma retificação do edital ocorrida APÓS a realização do
concurso, já em outubro de 2012. Além disso, os professores tiveram descontados
em seus salários os valores recebidos "a mais";
2. Uma parcela significativa
dos professores (concursados e designados) possui titulação acima do nível
exigido para o cargo que ocupam. Como é prática em outras instituições, como
UEMG e UNIMONTES, e amparado pela legislação que rege a nossa carreira docente – Lei 15.463/2005,
os nossos professores e professoras deveriam ser
enquadrados no nível correspondente a titulação que detém, o que traria
significativos ganhos salariais;
3. A maioria dos
professores concursados, aproximadamente 2/3, possuem carga horária de 20h
semanais. Isto impede a realização da pesquisa e
extensão, pilares essenciais no ensino superior. Além disso, a legislação
permite, de acordo com critérios estabelecidos, a extensão da carga horária
desses professores em até 50%, o que poderia
sanar parcialmente essa deficiência, inclusive no tocante a orientação de
trabalhos de conclusão de curso – TCC´s. No entanto, a FHA tem se mostrado
reiteradamente passiva diante de tal situação.
4. Em julho, depois
de alguns meses de tramitação na Assembléia Legislativa, foi aprovada a lei que
permite a incorporação dos cursos superiores da FHA a UEMG. Várias reuniões já
foram realizadas entre a direção da FHA e a UEMG. No entanto, nenhuma
informação sobre o processo é fornecida a comunidade acadêmica, nem aos professores - uma das
principais categorias interessadas no processo.
5. No final do
segundo semestre, diversos projetos de extensão foram encaminhados para a
Gerência de Extensão coma a perspectiva de aprovação e extensão da carga
horária dos professores coordenadores de tais projetos, mas até o momento,
nenhuma resposta concreta nos foi dada oficialmente;
6. Além disso, em vários momentos, ficou evidente
o caráter anti-democrático da atual direção/gestão da FHA, destacando-se: (1)
Indicação dos coordenadores de curso, contrariando os princípios da LDB e a
prática de eleição pelos pares, comum no ensino
superior público; (2) tentativa de implantação do ponto eletrônico para os
professores sem nenhuma discussão com os mesmos; (3) inexistência de órgãos
colegiados para deliberação da vida acadêmica e pedagógica da instituição, estatuto e regimento!
7. Por fim,
recentemente os professores designados sofreram fato similar ao ocorrido aos
professores efetivos, com a execução sumária do rebaixamento de nível,
acrescida da abertura de um processo administrativo para a devolução dos
valores "indevidamente recebidos", chegando este em alguns casos a
quase R$3000,00.
8. Em junho, os
professores enviaram a direção da FHA um ofício solicitando
esclarecimento/encaminhamento de quase todas as questões acima listadas. Até a
presente data, não recebemos nenhum posicionamento oficial quanto as questões
apresentadas.
A FHA é PÚBLICA,
ainda que alguns esqueçam disso. Logo, ela pertence a todos nós, e temos o
DIREITO e o DEVER de participar da construção de um ambiente realmente saudável, democrático, transparente e educativo.
Tod@s, docentes e discentes, somos responsáveis por essa história!
SIGAMOS FORTES NA LUTA! COM ESPERANÇA E TERNURA!
Seção Sindical dos
Docentes do Ensino Superior da Fundação Helena Antipoff – SINDHA – ANDES/SN
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