domingo, 1 de setembro de 2013

NOTA ABERTA À COMUNIDADE ACADÊMICA DA FHA/UEMG

Bem Unidos, façamos!
“[...] Para não ter protestos vãos,
Para sair desse antro estreito,
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós diz respeito!”
Hino “A Internacional”

Caros professores e professoras,

A partir de situações ocorridas em nossa Instituição, a SINDHA resolveu apresentar esta nota de esclarecimento aos demais professores, Direção de Ensino e Direção de Gestão e Finanças:

Diante da atual situação de incorporação do Instituto Superior de Educação Anísio Teixeira (ISEAT) da Fundação Helena Antipoff (FHA) à Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), com Lei sancionada no dia 27 de julho deste ano, acreditamos que deveria ser iniciado um processo de incorporação do direito público e de legitimidade nos processos dentro de uma Universidade.

Em 2011, o Senado Federal aprovou o projeto que deu origem à chamada Lei de Acesso à Informação (LAI) - nº 12.527. Esta assegura aos cidadãos o direito de receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou coletivo e geral.

Desta forma, a diretoria da Seção Sindical dos Docentes do Ensino Superior da FHA – SINDHA solicitou, em duas oportunidades, o Regimento Interno e o Estatuto desta fundação. Segundo resposta apresentada pela gestão superior, não existem tais documentos vigentes.

No dia 15 de agosto, a SINDHA circulou via mensagem eletrônica, uma nota de repúdio referente ao formato de escolha e contratação dos coordenadores de alguns cursos. Entendemos que esse tipo de atitude fere frontalmente um dos princípios básicos da Universidade pública que é a democratização dos processos e a participação de todos os envolvidos.

Na semana passada, após denúncia anônima referente ao processo de escolha dos coordenadores de curso, a FHA tomou a decisão de remoção de tais professores ao cargo. Além disso, no dia 27/08/13 foi publicado, no site da FHA, um edital, n° 24/2013, INTERNO, com o objetivo de escolher coordenadores para os cursos do ISEAT.

Frente a esse edital, pontuamos algumas questões ao fato: o processo de seleção foi decidido sem consulta do corpo docente, com critérios avaliativos ou requisitos definidos sem discussão prévia para preenchimento da vaga.  Assim, o corpo docente, discente e funcionários da FHA continuam sem esclarecimentos e à margem das decisões desta Instituição, o que fere frontalmente a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, e por consequência a nossa constituição. Ainda, o edital possibilita algumas questões que a SINDHA vêm solicitando viabilidade por mais de 2 meses, em ofício protocolado na presidência da FHA: extensão de carga horária, de 20h para 40h semanais (para os docentes que assim desejarem se inscrever no processo seletivo) e seleção interna para as disciplinas, como já ocorre e outras instituições estaduais.

Como não existe nenhum documento regimental para as atuais questões, foi realizada uma consulta à Pró-reitoria de graduação da UEMG a respeito da eleição de coordenadores de curso. Segundo o Estatuto da UEMG, capítulo V, a função é exercida pelo presidente do Colegiado que por sua vez é eleito pelos pares. Como não há essa função em nossa Instituição, pensamos que o coordenador deveria ser eleito, de acordo com princípios democráticos e universitários. Assim, solicitamos que o processo seja cumprido por meio de eleição com requisitos pré-discutidos para atendimento das necessidades do cargo.

Aproveitamos a oportunidade para esclarecer que, TODA AÇÃO DA SINDHA é pública e ASSINADA. Não faz parte do contexto procedimental do nosso sindicato nacional – ANDES, nem tão pouco da nossa seção sindical, denúncias anônimas. Reafirmamos nosso direito à expressão e de todos os docentes; e lembramos que sempre estaremos do lado dos trabalhadores em educação, pois esse é o nosso dever e nossa missão.

A postura da Seção Sindical sempre tem sido propositiva e de diálogo, o que não implica obviamente em concordância com os fatos. Todo processo democrático se constrói s a partir do debate e do compromisso radical com a defesa dos direitos. Lembremos o óbvio: a Seção Sindical não serve a interesses particulares, mas sim está a serviço de TODOS os docentes e do ensino público gratuito e de qualidade. As idéias e participação ativa de cada professora e professor são essenciais.
Fiquemos unidos e serenos. Nossa luta está apenas começando... É na peleja que surgem as grandes ideias, que são forjadas nossas armas – nossa voz e nossos textos, nos formamos efetivamente cidadãos conhecedores de nossos direitos, e aprendemos o verdadeiro sentido das palavras liberdade e democracia.

Força na luta!!!


SINDHA – Diretoria Provisória

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